quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Convenção da CGADB se manifesta a favor de pastor Isamar



Após a condenação em primeira instância do pastor Isamar Pessoa Ramalho, presidente da Assembleia de Deus em Roraima, pelo crime de apropriação indébita, a Convenção Geral das Assembleia de Deus do Brasil veio a Roraima, na segunda-feira, para verificar a situação. Após analisar as denúncias, a comissão se manifestou a favor do líder religioso. 


O pastor foi acusado por um grupo de membros da igreja de se apropriar indevidamente de dinheiro pertencente à Assembleia de Deus, o que representaria um montante de R$ 430 mil, segundo as investigações.



A igreja é a maior denominação evangélica do Brasil e tem mais de 40 mil fiéis em Roraima. A Folha recebeu a informação de que um grupo composto por membros da igreja teria enviado um dossiê ao conselho com provas suficientes para afastar o líder espiritual. 



A equipe de reportagem procurou o pastor Isamar Pessoa Ramalho e ele informou que não se pronunciará sobre o assunto, mas designou uma comissão de pastores para falar por ele. 



Conforme o segundo vice-presidente da convenção, pastor Daniel Lopes, a condenação de Isamar Ramalho não representou uma surpresa para eles, pois, segundo ele, o comitê analisa o processo desde seu início. A convenção negou corporativismo – visto que o pastor também é um dos secretários da instituição – e disse que o caso está sendo acompanhado de perto, tanto a parte do denunciante quanto a do pastor acusado, e até então não viu elementos para deixar de acreditar na inocência do presidente.



Ele contou que os autores das denúncias que geraram o processo já foram identificados e não descartou a hipótese de que possam ser responsabilizados judicialmente. “São pessoas ligadas a políticos e, por meio de um financiamento pesado, fazem de tudo para desacreditar o trabalho da igreja. O objetivo é promover uma troca de favores: ‘Eu te ajudo a assumir a presidência e você me ajuda a conseguir a eleição’”, acusou. 





Segundo o primeiro secretário da convenção, pastor Aerton Dias, a hipótese de afastamento do pastor foi descartada após a realização de uma assembleia geral na segunda-feira, quando comparecerem mais de 2,5 mil fiéis. Na ocasião, além de se manifestar a favor do líder, o conselho apresentou uma moção de aplausos em solidariedade ao pastor. “Foi um número expressivo que representa a vontade da igreja”, disse.


O documento afirma que “seu trabalho [do pastor Isamar] é referência vista por todos não só na sede estadual em Boa Vista, como em todo o Estado, marcado por lutas, mas honrada por Deus com crescimento e vitórias alcançados”, diz o documento. 


CASO - Em 2007, o Ministério Público Estadual (MPE) relatou o caso com base em um inquérito policial que apurou a conduta de Isamar Ramalho nos anos de 2000 e 2002, à frente daquela igreja evangélica.O processo foi julgado no último dia 30, pelo juiz Renato Albuquerque. Na mesma decisão, o magistrado absolveu o pastor de outro crime, falsificação de documento particular, previsto no artigo 298, também do Código Penal. De acordo com o que foi apurado no inquérito, o denunciado utilizou o dinheiro para a reforma de sua residência, da casa de sua sogra, bem como para realizar obras em seu sítio localizado às margens da BR-174, inclusive na construção de uma ilha artificial, além de outros gastos. 


YANA LIMA
Fonte: folhbvBv

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